Decorreu, no dia 30 de março (sala 15), Escola Básica n.º 2 de Avelar, mais uma atividade no âmbito do Clube Ciência Viva - Avelar. Esta atividade contou, também, com a colaboração da biblioteca escolar que envolveu alguns alunos numa apresentação de poesia e música,” As árvores e os livros”.
Os alunos do 7,º ano de escolaridade participaram numa palestra sobre incêndios florestais, ministrada pelo Professor Joaquim Sande Silva, também Investigador no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.
O professor fez referência aos incêndios florestais em Portugal e comparou com outros países que partilham um clima semelhante, temperado mediterrânico. Portugal Continental apresenta um clima diferente dos países do centro da Europa e do arquipélago dos Açores.
A maioria dos incêndios são causados por pessoas, mas isto não significa que sejam de origem criminosa. Fez também referências aos elementos do clima como o vento, a temperatura, a humidade atmosférica e a precipitação e referiu-se, em particular, ao papel do vento nos incêndios de Pedrógão Grande (em junho de 2017) e de Ansião (em junho de 2022). No incêndio de Pedrógão, arderam cerca de 30 mil hectares de floresta (área comparável a 30 mil campos de futebol) e faleceram 64 pessoas, 30 das quais na estrada nacional 236-1 (em situação de fuga ao fogo). Sublinhou, pois, que ” fugir à frente das chamas é o pior que se pode fazer”.
No incêndio rural de Ansião, arderam cerca de 5 mil hectares de floresta, matos e zonas agrícolas, sendo, por isso, designado um incêndio rural. Os incêndios naturais têm muitas vezes origem nas descargas elétricas resultantes de trovoadas. Outras causas dos incêndios são a queima de sobrantes florestais ou agrícolas, cigarros acesos, ou acionados por máquinas…
Em dias mais quentes e com baixa humidade do ar, qualquer fonte de ignição pode originar um incêndio.
Vimos a mancha destes incêndios no Google Earth e visitámos a página do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) referente a Fogos Rurais. Por último, ficou a mensagem sobre o que, como cidadãos, podemos fazer para evitar calamidades desta natureza:
- Não fazer quaisquer fogos nos meses de verão;
- Acompanhar a informação sobre o risco de incêndio na página do IPMA;
- Ajudar a gerir a vegetação junto às habitações;
- Alertar o 112 em caso de incêndio;
- Seguir as instruções das autoridades em caso de incêndio;
Este foi um assunto que focou a atenção dos alunos, pois o contexto refere realidades que lhes são muito próximas, pelo que participaram com muito interesse fazendo questões pertinentes.