O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória aponta para uma educação escolar em que os alunos constroem e sedimentam uma cultura científica de base humanista, mobilizando a compreensão de processos e fenómenos científicos que permitam a tomada de decisão e a participação ativa enquanto cidadãos.
Para o desenvolvimento das diferentes áreas de competências, nomeadamente de saber científico, técnico e tecnológico, consignada no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, deverá ser valorizado, em cada Escola, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular, o trabalho prático e experimental, a interdisciplinaridade e o trabalho colaborativo, contextualizando o conhecimento em situações que se aproximem dos problemas reais que caracterizam a ciência e tecnologia do século XXI.
A Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica é uma associação científica, sem fins lucrativos, incumbida de promover políticas públicas de difusão do ensino experimental das ciências e de promoção da cultura científica e tecnológica, apoiando ações dirigidas à promoção da educação científica e tecnológica na sociedade portuguesa.
A Direção-Geral de Educação (DGE) tem como uma das suas atribuições coordenar, acompanhar e propor orientações, em termos científico-pedagógicos e didáticos, para a promoção do sucesso escolar. O Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar assenta no princípio de que são as comunidades educativas quem melhor conhece os seus contextos, dificuldades e potencialidades, sendo por isso quem está mais bem preparado para conceber planos de ação estratégica, pensados ao nível de cada Escola, com o objetivo de melhorar as aprendizagens dos alunos. Considera-se que a colaboração e responsabilidade da comunidade a nível local e regional são essenciais à construção do sucesso escolar e ao compromisso com o ensino e a valorização da aprendizagem.
Nesta perspetiva, a DGE e a Ciência Viva promovem a iniciativa "Clubes Ciência Viva na Escola" nos Agrupamentos de Escolas/Escolas não Agrupadas, Escolas Profissionais e Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo.
Os Clubes Ciência Viva funcionam nas Escolas como espaços abertos de contacto com a ciência e a tecnologia, para a educação e o acesso generalizado dos alunos a práticas científicas, promovendo o ensino experimental das ciências e das técnicas.
Os Clubes Ciência Viva na Escola potenciam a cooperação entre sistemas formais e não formais de educação, constituindo parcerias sólidas com instituições científicas e de ensino superior, autarquias, centros Ciência Viva, empresas com I&D, museus e outras instituições culturais.
A presente Carta de Princípios define, contudo, um conjunto mínimo de requisitos a observar na constituição de Clubes Ciência Viva na Escola, reconhecidos como tal pela DGE e pela Ciência Viva.