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CATÁLOGO NACIONAL DA REDE DE CLUBES CIÊNCIA VIVA NA ESCOLA
COORDENAÇÃO
NACIONAL
Maria João Horta
A Educação em Ciência contribui para o desenvolvimento da e agrega a estes um conjunto alargado de entidades ligadas
literacia científica dos cidadãos e é, deste modo, fundamental ao desenvolvimento da ciência e à sua divulgação. Esta Rede,
para o exercício pleno de cidadania. Trata-se de usar o conheci- dinamizada pela Direção-Geral da Educação, em parceria com
mento científico, de identificar questões e de desenhar conclu- a Ciência Viva (Agência Nacional para a Cultura Científica e Tec-
sões baseadas na evidência, com o propósito de compreender nológica) procura desde 2018 criar contextos que promovam
o mundo real e de ajudar à tomada de decisões sobre as alte- o interesse das crianças e dos jovens pela Ciência, numa abor-
rações nele causadas pela atividade humana. De acordo com dagem inter e transdisciplinar. Por isso, temos na Rede clubes
o Perfil dos Alunos à saída da escolaridade obrigatória (ME, que dinamizam atividades diversas para as comunidades, clu-
2017), as competências na área de “Saber científico técnico e bes que colaboram e interagem com Universidades, Centros
tecnológico” dizem respeito à mobilização da compreensão de de Investigação e outros parceiros e que com eles criam am-
fenómenos científicos e técnicos e da sua aplicação para dar bientes potenciadores para uma efetiva Educação em Ciência
resposta aos desejos e necessidades humanos, com consciên- nas escolas.
cia das consequências éticas, sociais, económicas e ecológicas.
Nestes Clubes, os alunos têm oportunidades reais que lhes
Consideramos, por isso, que o desenvolvimento de compe- permitem investigar, questionar e utilizar os meios tecnológi-
tências nestes diferentes domínios, exige o envolvimento dos cos disponíveis, nas escolas e nas entidades parceiras, para que
alunos nos processos de ensino e aprendizagem, o que lhes é construam conhecimentos, capacidades, atitudes e soluções
proporcionado pela vivência de experiências educativas dife- para os problemas que lhes são apresentados e, sobretudo,
renciadas. Estas devem ir ao encontro, por um lado, dos seus para que adquiram a capacidade de resposta às novas situa-
interesses pessoais e, por outro, deverão estar em conformida- ções problemáticas que surjam na sua vida diária, e enquanto
de com o que se passa à sua volta, numa perspetiva de abor- cidadãos que se querem interventivos, críticos e preocupados
dagem da Ciência por via da Sociedade, da Tecnologia e do com o Meio Ambiente.
Ambiente.
A Rede de Clubes é, pois, uma comunidade educativa real que
Criar ambientes ricos do ponto de vista do ensino e da apren- promove práticas pedagógicas capazes de dotar os alunos de
dizagem no que respeita à Educação em Ciência, implica um maior conhecimento e compreensão científica e, assim,
proporcionar aos alunos situações reflexivas e investigativas, desenvolver a sua literacia científica para níveis mais elevados.
ambientes de aprendizagem onde a observação, a experimen- A promoção de atitudes críticas fundamentadas, a criação de
tação, a previsão, a dúvida, o erro e a reformulação, estimulem ambientes onde o confronto de opiniões e a discussão acon-
os alunos no seu pensamento crítico e criativo. Importa, assim, teçam, a realização de atividades experimentais, a observação
promover nos alunos o interesse pela ciência e pela compreen- rigorosa, a ligação ao ambiente, à tecnologia e à sociedade,
são do mundo que os rodeia. promovendo o estabelecimento de relações entre estas áreas,
numa perspetiva transdisciplinar, deve acontecer no quotidia-
A Rede de Clubes de Ciência Viva na Escola é uma comunida- no de todos os alunos.
de de saber e de prática que mobiliza atualmente 237 Clubes
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