Usando azoto líquido, a tecnologia actual apenas permite fazer criopreservação reversível em células, tecidos e alguns pequenos órgãos. Apesar de alguns nemátodos terem voltado à vida após um congelamento na Sibéria há cerca de 40.000 anos, ainda não foi demonstrada em laboratório a criopreservação completa e reversível em organismos multicelulares. Neste projecto, pretendemos investigar se é possível congelar um organismo completo e de forma reversível durante uma semana num congelador a – 18 ºC. Para tal, com uma série de experiências bem desenhadas, tenta-se construir um protocolo padrão de criopreservação reversível de leveduras. Simultaneamente ao congelamento lento, procede-se à desidratação dos organismos na presença de crioprotectores não tóxicos evitando a criação de cristais de gelo responsáveis por danos físicos nas estruturas internas das células. Posteriormente, testa-se o protocolo em algumas plantas e em nemátodos. Depois de algumas experiências com sucesso nas sementes de lentilhas, neste momento, os nossos pequenos investigadores testam algumas substâncias crioprotectoras em plantas e pequenos animais congelados.